O sonho de repatriar cientistas brasileiros
Com matéria de SABINE RIGHETTI da Folha de São Paulo
A repatriação de cientistas brasileiros que atuam no exterior, idéia do atual ministro de Ciência e Tecnologia, pode não ser uma matemática simples.
De acordo com quem está fazendo ciência fora do Brasil, mesmo que exista vontade de voltar, a burocracia para se fazer pesquisa e a falta de competitividade nas universidades nacionais, diferentemente do que acontece nos EUA e na Europa, ainda são fatores de repulsa.
Uma das idéias de Mercadante para a repatriação é criar, via agências de fomento, um formato de “bolsas-sanduíche” (bolsa de pesquisa de curto período no exterior) ao contrário. Seriam bolsas de pesquisa oferecidas aos brasileiros no exterior para que eles passem um tempo fazendo pesquisa por aqui.
A idéia é criar, com as bolsas de curta duração, uma espécie de rede da “inteligência brasileira” no exterior.
As principais reclamações dos brasileiros que estão no exterior são:
Salários iguais
No Brasil, diferentemente dos EUA, os cientistas com mesma titulação ganham salários iguais, independentemente, por exemplo, da sua produtividade individual. Isso reduziria a competitividade. Para ter como base, um salário na USP é de cerca de R$ 11 mil, enquanto que em universidades de elite nos EUA, essa quantia vai para R$ 80 mil.
Dedicação exclusiva
Nas universidades públicas, os cientistas têm de trabalhar com dedicação exclusiva, em regime de 40 horas semanais, o que os impede de também atuar no mercado.
Burocracia
A burocracia brasileira ainda é fator de repulsa dos cientistas brasileiros, especialmente no financiamento de pesquisa ou importação de material (que pode levar até seis meses).
Matéria integral: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/869436-salario-igual-expulsa-cientistas-brasileiros-do-pais.shtml
PS: O que você pensa disso? É bom trazer de volta os cientistas brasileiros? Como fazer melhor?
A idéia é uma das melhores, porém, é necessário oferecer, além da remuneração aceitável, que abram as portas de informações necessárias para os cientistas, sem cobrança de horário…
Isso mesmo. Esse negócio de dedicação exclusiva precisa ser revisto. Não se trata de dedicar-se exclusivamente àquela Universidade, mas à pesquisa e envolvendo o mercado.
Grato pelo comentário
Prof. Aimbereê Freitas
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