Planejamento Urbano e a chuva de Boa Vista
A mega chuva de ontem levantou uma discussão de que “tudo foi por conta do imprevisível”. Isso não é verdadeiro e não pode se tornar cultural. Não é. Planejamento é coisa científica e não chute ou achometro. Para se fazer um BOM planejamento urbano há que ter primeiro compromisso e AMOR pelo que faz. Usar as melhores técnicas disponíveis. Nada de colocar a culpa no São Pedro. Isso é preliminar. Vejam a média de chuva dos meses entre 1981/90
22,4 janeiro |
14,4 fevereiro
33,2 março |
89,9 abril |
201,8 maio |
234,9 junho |
208,4 julho |
123,2 agosto |
75,0 setembro |
42,9 outubro |
63,4 novembro |
21,3 dezembro |
No principal as séries estatísticas fornecidas pelos serviços meteorológicos servem exatamente para gerar a informação de que o planejador vai lançar mão. Quanto mais abrangente e longa for a série melhor. Não deve deve culpar o Poder Público de hoje. Esse é o Poder do momento. Os de ontem, mais do que os de hoje, não trabalharam com o Planejamento urbano como deveria. E as consequências foram se acumulando. Um dia veio à tona e virá à tona de NOVO. Quando? As estatísticas oferecem o caminho para essa resposta. É, portanto, previsível.
E o que se tem que fazer? Se preparar, com um BOM PLANEJAMENTO DA CIDADE.
Vejam essa pequena e diminuta amostra: Trata-se de dados de precipitação em BOA VISTA entre 1981/90. Apenas 10 anos.
Anos | Total da Precipitação |
1981 | 1327,9 mm |
1982 | 1004,1 mm |
1983 | 892,1 mm |
1984 | 1653,5 mm |
1985 | 1380,4 mm |
1986 | 983,6 mm |
1987 | 1202,1 mm |
1988 | 936,2 mm |
1989 | 1077,6 mm |
1990 | 851,8 mm |